domingo, 5 de junho de 2011

EXPOUna


      O ExpoUna é o maior espaço acadêmico de produção de conhecimento, novas tecnologias e geração de oportunidades aberto ao público. Iniciativa pioneira no estado, o ExpoUna apresentará à comunidade acadêmica, às empresas parceiras e ao público em geral trabalhos interdisciplinares realizados pelos alunos.
     Sintam-se todos convidados! =)

terça-feira, 31 de maio de 2011

Uso do álcool durante a gravidez

Sabe-se que o uso do álcool na gravidez envolve grande risco, devido à enbriotoxidade e taratogenicidade fetal que a ele estão relacionadas. O álcool quando ingerido pela gestante, atravessa a barreira placentária e faz com que o feto receba as mesmas concentrações da substância da mãe. Mas, como o bebê tem massa corporal menor e o fígado imaturo para metabolizar a substância, calcula-se que o efeito tóxico para ele seja oito vezes maior. (Teoh, Mello, Mendelson; 1994)
Dentre as consequências decorrentes do uso de álcool por gestantes, a mais conhecida é a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF). A criança com SAF apresenta algumas anormalidades faciais e exibe déficit intelectual, problemas cognitivos e comportamentais (BURDEN, 2005).

Figura 1. Consumo nocivo de álcool durante a gravidez

FONTE: Álcool e suas conseqüências : uma abordagem multiconceitual / editores Arthur Guerra de Andrade, James C. Anthony, Camila Magalhães Silveira. -- Barueri, SP : Minha Editora, 2009.


BIBLIOGRAFIA:

-Álcool e suas conseqüências : uma abordagem multiconceitual / editores Arthur Guerra de Andrade, James C. Anthony, Camila Magalhães Silveira. -- Barueri, SP : Minha Editora, 2009.


-Burden MJ, Jacobson SW, Sokol RJ, Jacobson JL. Effects of prenatal alcohol exposure on attention and working memory at 7.5 years of age. Alcohol Clin Exp Res 2005; 29(3):443-52. 39. Alati R, Mamun AA, Williams

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Metabolização do álcool: Absorção e oxidação

O álcool produz diversas reações no organismo, devido à sua condição de agente depressor do Sistema Nervoso Central (SNC), produzindo sedação e sono. Entretanto, os efeitos iniciais do álcool, principalmente em doses baixas, costumam ser percebidos como estimulantes devido à supressão dos sistemas inibitórios (KATZUNG, 2005).
Tal droga de abuso produz diversas reações no organismo, dependendo da quantidade ingerida, como se pode ser observado no quadro abaixo:

Tabela 1. Efeitos do álcool
Alcoolemia
mg/100mL
g%
Efeitos Clínicos
30
0,03
Sensação de bem-estar e relaxamento. Mais falante. Reações mais lentas.
50
0,05
Euforia. Aumento da auto confiança. Diminuição da atenção, do julgamento e reações psicomotoras. Sujeito a acidentes.
75
0,075
Desinibição. Tagarelice. Aumentada perda de julgamento e coordenação. Náuseas.
100
0,10
Instabilidade emocional. Disposição briguenta. Ataxia (andar cambaleante). Fala indistinta. Tontura.
150
0,15
Confusão. Apatia. Sonolência. Diminuição da sensibilidade dolorosa. Piora da ataxia.
200
0,20
Estupor. Inércia. Incapacidade de ficar em pé e andar. Vômitos.
300 +
0,30+
Coma. Hipotermia. Morte.

Fonte: - Silvia, Penildon  Farmacologia. 7ª ed. Rio de Janeiro, 2006. Pág. 363.

Quando ingerido, o etanol é rapidamente absorvido pela corrente sanguínea a partir do estômago e do intestino delgado. Após penetrar na corrente sanguínea, o álcool passa primeiramente pelo fígado, antes de ser distribuído para todos os líquidos orgânicos. No sistema nervoso central (SNC), a concentração de etanol aumenta rapidamente, visto que o cérebro recebe uma grande proporção do fluxo sanguíneo, e atravessa facilmente as membranas biológicas (SILVIA, 2006).
De acordo com dados levantados por Rafael Peres 2009 em sua dissertação para obtenção do Título de Mestre em Ciências, percebe-se que o álcool é considerado um depressor do sistema nervoso central, causando diversos efeitos, que variam de acordo com a quantidade de álcool ingerido. Um dos motivos para se considerar o álcool como depressor do SNC, é uma das características que ele possui, tal como, a ativação dos receptores gabáerticos. O GABA é considerado o mais importante neurotransmissor inibitório do cérebro, que ira reduzir os disparos dos neurônios, gerando falta de coordenação motora, alteração do humor e fala indistinta. Também pode ocorrer vômitos, incontinência, hipotermia, coma e até mesmo a morte. (PERES, 2009)
O álcool provoca sedação e alívio e, em maiores concentrações, fala arrastada, ataxia, comprometimento do discernimento e comportamento desinibido, uma condição habitualmente denominada intoxicação ou embriaguez. (Gilman et al, 2003).
Esses efeitos sobre o sistema nervoso central são mais pronunciados quando o nível sanguíneo está aumentado, visto que a tolerância aguda aos efeitos do álcool surge depois de poucas horas da ingestão.
Ainda convém lembrar, que o álcool é capaz de inibir correntes pós-sinápticas espontâneas em neurônios dopaminérgicos da substancia negra. Estes neurônios estão distribuídos por todo o encéfalo e estão relacionados ao sistema de recompensa, gerando procura compulsiva pela droga. ( Brancucci, et al,. 2004)
Percebe-se, que a administração do etanol, interfere na orientação espacial do individuo, e no seu processo de aprendizagem e na memória, devido a sua influencia na região do hipocampo. (Baird, et al.,2004). Além disso, o alcoolismo crônico causa perdas estruturais no hipocampo e diminui a atividade colinérgica. (Riley JN, Walker, 1978)
 Em pequenas quantidades, o álcool promove desinibição, mas com o aumento desta concentração, o indivíduo passa a apresentar uma diminuição da resposta aos estímulos, fala pastosa, dificuldade à deambulação, entre outros. Em concentrações muito altas, ou seja, maiores do que 0.35 gramas/100 mililitros de álcool, o indivíduo pode ficar comatoso ou até mesmo morrer. A Associação Médica Americana considera como uma concentração alcoólica capaz de trazer prejuízos ao indivíduo 0.04 gramas de álcool/100 mililitros de sangue. (PERES, 2009)


Bibliografia:

Farmacologia Básica e Clínica. Rio de Janeiro, 2005.
-Baird TJ. Vanecek SA. Briscoe RJ. Moderate, longterm, alcohol consumption potentiates normal, age-related of recente Alcohol, Clin Exp Res. 1998


- Gilman, Alfred Goodman et al. Goodman e Gilman – As bases farmacêuticas da terapêutica. 10ª ed. Rio de Janeiro, 2003.

- Katzung, Bertram G [et al].

_PERES, Rafael. Influência da ingestão do álcool na produção de Melatonina Pineal e suas consequencias sobre a expressão dos receptores de melatonina e dos genes relógio no Sistema Nervoso Central. São Paulo - 2009
_Riley JN, Walker DW. Morphilogical alterations in hippocampusalfter long-term alcohol consumption in mice. Science 1978
 - SILVIA, Penildon  Farmacologia. 7ª ed. Rio de Janeiro, 2006.


-Brancucci A, Berretta N. Mercuri NB, Francesconi W. Gamma-hydroxbutyrat and erthanol depress epontancous excitarory postsynaptic currents in dopaminergic neurons of the substantia negra. Brain Research. 2004.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Problemas sociais relacionados ao uso excessivo do álcool

Apesar de sua ampla aceitação social. Pessoas que bebem socialmente são até mesmo bem vistas perante a sociedade. Já aquelas que causam problemas quando bebem, não sabendo seus limites com relação à bebida são vistos como pessoas fracas (MURAD, 1998).
“Distinguidas dos problemas de saúde, as categorias de problemas sociais relacionadas ao álcool incluem: vandalismo; desordem pública; problemas familiares, como conflitos conjugais e divórcio; abuso de menores; problemas interpessoais; problemas financeiros; problemas ocupacionais, que não os de saúde ocupacional; dificuldades educacionais; e custos sociais. Ainda que uma causalidade direta não possa ser estabelecida, o estudo dessas categorias de danos - incluindo variáveis como volume de álcool consumido, padrões de consumo e outros fatores interativos - demonstrou que as conseqüências sociais do uso do álcool colocam esse produto, no mínimo, como um fator adicional ou mediador entre outros que contribuem para a ocorrência de determinado problema, conclusão similar àquela válida para problemas de saúde.” (MELONI, 2004)

O consumo de bebidas alcoólicas, quando excessivo, passa a ser um problema. Além dos inúmeros acidentes de trânsito e da violência associada a episódios de embriaguez, o consumo de álcool a longo prazo, dependendo da dose, freqüência e circunstâncias, pode provocar um quadro de dependência conhecido como alcoolismo. O alcoolismo se caracteriza principalmente       por sinais e sintomas decorrentes de uma interrupção total ou parcial de consumo de bebidas alcoólicas em dependentes que apresentam um consumo prévio significativo.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Como é obtido o álcool?

Imagen retirada do site: http://biobiodoalcool.blogspot.com/2010/11/apresentacao.html.


1º FASE: MOAGEM DA CANA
O etanol é obtido pela fermentação de polissacarídeos (amido, celulose) ou dissacarídeos (sacarose, maltose). As fontes naturais mais importantes são: cana-de-açúcar, beterraba, batata, cevada e arroz. No caso do Brasil, o principal método para obtenção de etanol baseia-se na fermentação de açúcar de cana.
Com o objetivo de compreender melhor como ocorre a fermentação da cana de açúcar em álcool, o grupo organizou uma visita técnica ao Parque Ecológico Vale Verde, onde é produzida de forma artesanal a cachaça.
Durante a vista, foram visitados os lugares em que ocorre todo o processo de fermentação, e através da explicação do guia, entendeu-se que o processamento pode ser resumido em quatro fases, da seguinte maneira:

2º FASE: PRODUÇÃO DO MELAÇO
Pelo aquecimento controlado, uma parte da água presente na garapa é eliminada, obtendo-se uma solução contendo aproximadamente 40% em massa de sacarose, denominada melaço, e parte da sacarose se cristaliza (açúcar comum).

3º FASE: FERMENTAÇÃO DO MELAÇO
Pela adição de leveduras (fermentos biológicos), consegue-se a transformação da sacarose em etanol e, duas etapas, devido às enzimas produzidas pelas leveduras, tais como o Saccharomyces. Inicialmente, a sacarose, que é um dissacarídeo, se hidrolisa na presença da enzima invertase, produzindo glicose e frutose, ambas monossacarídeos (C6H12O6), que apresentam mesma fórmula molecular porém arrumação atômica diferente :                                    

                                 C12H22O11 ----  C6H12O6 + C6H12O6 (glicose e frutose)

A seguir, sob a ação da enzima zimase, os monossacarídeos são fermentados, produzindo o etanol com a liberação de gás carbônico:

C6H12O6 ----  2 C2H5O + 2 CO2 ­ (Etanol e gás carbônico)

    
A liberação de gás carbônico é facilmente detectada pela formação de bolhas na mistura, o que causa a impressão de que ela está em ebulição (fervendo), o que não é verdade. Esse fenômeno é conhecido como fervura fria. Após a fermentação, a mistura obtida, chamada mostro fermentado, contém até 12% em volume de etanol.

4º FASE: DESTILAÇÃO DO MOSTRO FERMENTADO
Através do processo de destilação fracionada, obtém-se uma solução contendo até 96% de Etanol e 4% de água em volume, sendo essa solução denominada 96ºGL(Graus Gay-Lussac).
Para a obtenção do etanol puro (álcool anidro ou absoluto), pode-se adicionar a essa mistura cal virgem (CaO), que reage com a água, originando a cal extinta ou apagada [Ca(OH)2], que é separada do álcool através de filtração. O álcool anidro é usado como combustível (adicionado à gasolina) e na produção de perfumes, licores, etc. O álcool hidratado, vendido nos postos de combustível, apresenta teor alcoólico menor que 96ºGL, ao redor de 88ºGL.

Objetivo do blog


                  

    Trabalho Interdisciplinar: Drogas de Abuso
    Tema do grupo: Álcool
    Grupo:
- Barbara Carvalho
- Bárbara Alves
- Enrico Coelho
- Gabriela Junqueira
- Jéssika Nathália
- João Marx
- Lara Fernanda
- Rafaela Suzana

Para divulgar o trabalho do nosso grupo de TIDIR ( Trabalho Interdisciplinar Dirigido), criamos este blog para abordar informações referentes ao álcool, buscando mostrar não só o aspecto de abuso, mas também sociais. 

E para abrir o trabalho, uma foto com a parte de nosso grupo que fez uma visita técnica à Vale Verde, em Betim, buscando compreender o processo de produção da cachaça.

 "Mesmo com o desconhecimento por grande parte da população, o álcool é considerado uma droga psicotrópica, por causa das diversas reações que produz no organismo, sendo um agente depressor do Sistema Nervoso Central (SNC), produzindo principalmente a sensação de sedação e sono. Entretanto, os efeitos iniciais do álcool, principalmente em doses baixas, costumam ser percebidos como estimulantes devido à supressão dos sistemas inibitório" (KATZUNG, 2005).